Record Store Day

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Em 2007, alguns caras super fãs de vinis, resolveram fazer um dia totalmente dedicado aos bolachões. O Record Store Day – algo como o “Dia da loja de Discos” – acontece todo ano, no terceiro sábado do mês de abril e sempre conta com algum padrinho famoso, ou como eles mesmo chamam de “Embaixadores não-oficiais”. Resumindo, um louco por LPs assim como nós, só que famoso e grande artista. James Hetfield e Iggy Pop (foto) já foram embaixadores e esse ano, um dos maiores fãs declarado do vinil, Jack White será o padrinho do evento. Ele está prometendo alguns lançamentos mundiais em vinil, para o esperado sábado mas nós vamos ter que esperar um pouco por aqui.

iggy pop de saia
Iggy Pop, o embaixador do Record Store Day do ano passado

Já falamos muitas vezes sobre como vinil vem ganhando notoriedade no mercado da música. Poucas bandas hoje em dia lançam seus álbuns sem uma versão caprichada e exclusiva para o vinil. Dá para ilustrar com o lançamento esse ano do esperado álbum-retorno “The Next Day” do camaleão Bowie, em que a internet pipocou de comentários “E aí, quando chega nas lojas o vinil do David Bowie?” (no Joaquim chega esta semana). E nem só de novidades o mercado atual vive, vários relançamento de clássicos dos anos 50 para cá e por aí vai, fazem a festa de quem não viveu naquela época, mas adora sentir a atmosfera do momento.

Nesse vídeo abaixo você pode ver um teaser com vários depoimentos com donos de loja de discos antigas da Inglaterra. Cada um com suas manias de organização, outros preferem escolher seu próprio catálogo, há os que apostem também nas novas bandas (nós entramos também nessa lista) e aí que mora uma das magias do colecionador-vendedor de discos: ter suas próprias obsessões. Nas lojas independentes a venda de discos vai além de uma troca comercial, há muito do amor do dono do acervo em relação à cada bolachão dentro da sua embalagem e o cliente sente isso assim que entra e ouve a vitrola tocando. Tem que realmente gostar do vinil para vendê-lo bem!

Claro que a Joaquim vai fazer parte desse sábado que abraça o vinil e as lojas independentes! Nesse dia 20 de abril, chegue na livraria e diga que leu esse post, que é um fã de vinil e ganhe 10% de desconto em todo o acervo da loja além de conferir uma seleção especial com descontos que vão de 20% a 30%!

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Abaixo uma lista de seis belezuras que estarão por aqui:

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The Velvet Underground and Nico – Vinil Amarelo – Novo

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Probot – Novo

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Luiz Bonfa- Bossa Nova – álbum importado, nunca saiu no Brasil

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Tim Maia – 1973 – Usado

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Chuck Berry – Bio – Usado

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Frank Zappa – Finer Moments – Novo

APAREÇA!

A Joaquim fica aberta nesse sábado, dia 20 de abril, das 10h as 15h

Os 5+ do Joaquim

tumblr_mgftgu5vaR1qhd3o0o1_500Vinis sempre estiveram presentes na história da Joaquim Livraria. No início com um acervo pessoal e muitos discos consignados de colecionadores e outros comerciantes a nossa marca foi se formando.

Inegável também é o que nosso acervo foi evoluindo durante estes anos muito em função de nossos clientes que sempre nos instigam a procurar e conhecer novos sons, a procurar aqueles edições antigas, muitas vezes raras, outras vezes esquecidas ou pouco conhecidas.

Hoje temos nas reedições em 180 gramas, na maioria importados, um dos segmentos mais fortes da loja. Desde 2010 importamos regularmente vinis e cada vez mais estes tem espaço garantido entre os amantes do bolachão.
Também cresceu bastante a venda da boa música brasileira. Mutantes, Chico, Caetano, Tom Jobim, Elis Regina, Tim Maia e Jorge Ben sempre foram bem cotados e procurados, bem como o rock nacional, a música regional e instrumental.

Mas é o velho e bom Rock’n’Roll a “seção” mais procurada da loja e aí vale tudo, edições originais, reedições, novos, usados… o importante para a maioria de nossos clientes é conseguir aqueles álbuns que faltam em sua coleção ou em muitos casos começar uma coleção. Sim, novos seguidores do vinil são cada vez mais numerosos e estes é que explicam em parte a escassez cada vez maior de bom material e em boas condições no mercado.

Aqui no Joaquim fizemos um levantamento que nos mostrou um pouco do perfil de nossos clientes e o que vende não é muito do que tem nas paradas de sucessos dos rádios populares.

Descobrimos por exemplo que as 50 bandas/grupos/cantores/cantoras mais vendidos representam quase que 50% de nossas vendas e os outros 50% se dividem em uma infinidade de outros sons.

Por fim, segue a lista das 10 bandas/interpretes e etc mais vendidos aqui na loja:

1 Beatles
1 Beatles
2 Pink Floyd
2 Pink Floyd
3 Led Zeppelin
3 Led Zeppelin
4 Iron Maiden
4 Iron Maiden
5 Chico Buarque de Holanda
5 Chico Buarque de Holanda
6 AC/DC
6 AC/DC
8 David Bowie
8 David Bowie
9 Legião Urbna
9 Legião Urbna
10 The Smiths
10 The Smiths

O levantamento também mostrou que para alguns grupos ou interpretes, se tivesse mais oferta, com certeza venderia mais, afinal não é fácil encontrar Cartola, os primeiros álbuns do Tim Maia, do Jorge Ben, Mutantes, Casa das Máquinas, Ratos de Porão entre os nacionais ou bandas como Metallica, Pearl Jam, Alice in Chains, Nirvana, Ramones ou Velvet Underground. No jazz, Nina Simone e John Coltrane tem sempre mais procura que oferta.

Enfim, estamos felizes com o perfil que a loja vem assumindo nestes anos, há uma boa sintonia entre os que procuram, nossos clientes e a marca e por que não dizer, o gosto que temos em música.

Neste ano vamos trabalhar para que esta sintonia continue e também ampliar trazendo novidades, novas bandas, fazendo o trabalho de garimpo e sempre escutando as sugestões e críticas das pessoas que frequentam o Joaquim ou nos visitam nos diversos eventos que participamos.

Encerrando, agradecemos a participação de todos da promoção…! E informamos que o ganhador foi o Wagner Magnabosco que acertou os três primeiros lugares dos mais vendidos! Ele terá um vale de R$100 para comprar os vinis de sua preferência.

Até a próxima!

Discos do Joaquim: Outubro (2)

Leonard Cohen: Old Ideas (2012) – Esse é 12o álbum da carreira do cantor que escreve da mesma forma que canta. Já ganhou vários prêmios literários e esse álbum anda sendo comparado com o  “Time Out of Mind”, obra-prima de Bob Dylan. Só conferindo! Abaixo, vídeo da turnê desse disco do Cohen.

Red Hot Chilli Peppers: Mother’s Milk (1989) – Esse é o quarto álbum do RHCP e foi lançado em 1989, foi um grande sucesso comercial porque marcava uma transição da banda que vinha de um funk rock para um som mais pesado. Foi também a entrada do Frusciante pro grupo. Abaixo um sucesso do disco, a faixa Knock me Down.

Small Faces: Ogden’s Nut Gone Flake (1967) – A banda durou somente quatro anos mas deixou algumas pérolas sonoras. O álbum saiu em 67 e é considerado o grande álbum da banda. Essa é uma versão totalmente remasterizada do famoso álbum e abaixo você confere a banda que figurava ao lado de Kinks e o Who!

Iron Maiden: Seventh Son of Seventh Son (1988) – Muitos fãs da fase oitentista do Maiden consideram esse o melhor álbum. Como sempre o álbum é carregado por um contexto e nesse caso é a lenda do “sétimo filho do sétimo filho” que seria carregado de uma força dúbia de bem e mal. É o último álbum com Adrian Smith que voltaria somente em 99 para a banda. Abaixo a faixa The Evil that Men Do, no Rock inr Rio de 2001.

Bob Dylan: The Freewheelin’ (1963) – Praticamente dispensa apresentações esse segundo álbum do Dylan. Lançado em 1963 é considerado a obra-prima do cantor e compositor que criou letras que marcaram gerações. Abaixo a clássica Blowing in the Wind, em 1995 com Ron Wood e Keith Richards.

Legião Urbana: Música para Acampamentos (1992) – Essa é a primeira coletânea do Legião Urbana, lançada logo no início da década de 90. Reúne várias gravações ao vivo para rádio e TV durante 86 e 92. Cheia de clássicos! Abaixo a Índios, no Acústico MTV.

Capas de Disco Banidas

Um dos maiores prazeres confessos de quem trabalha diariamente com vinis é pegar um LP raro na mão. Com certeza muitos de vocês, colecionadores e fãs do bolachão, devem sentir a mesma coisa. Mas uma das variações mais interessantes desse prazer é com vinil raro que foi censurado por algum motivo, com aquele gostinho de proibido.

Na história da arte sempre teve seus artistas censurados, principalmente se afetarem o que é “certo” na sociedade vigente. Com a música nunca foi diferente, se nos dedicarmos apenas nas primeiras décadas século XX, vamos ter muita censura e acusação. Como por exemplo no blues feito pelos negros americanos, acusados de pactos diabólicos ao tocarem seus pianos e banjos, que mais tarde influenciou muito as primeiras bandas de rock, também sempre muito censuradas por suas atitudes e ideologias.

Mais forte ainda que as acusações de cunho ideológico, que exigem interpretações subjetivas das letras de música e do modo de se vestir, são as acusações mais abertas em relação às capas de discos e imagens polêmicas envolvendo artistas. Até hoje, em pleno século XXI, onde tudo aparentemente é possível, artistas ainda são banidos de lojas, censurados em clipes na MTV e “convidados” a trocar palavras ofensivas de letras de música. Fizemos uma pequena lista, partindo dos anos 60, de títulos censurados e que consideramos interessantes.

Os Beatles, lás anos 60, ao afirmarem que havia mais jovens nos shows deles do que nas Igrejas, sofreram as maiores acusações de anticristianismo, tiveram discos queimados por pastores e foram banidos de lojas que concordassem com a acusação. Em 1966 os garotos de Liverpool lançam o Yesterday And Today, uma bizarra produção de arte, do fotógrafo Robert Whitaker com eles vestidos de branco e bem ao estilo butcher (açougueiro), com bonecas decapitadas e pedaços de carne. Claro que a capa foi censurada e tirada de circulação e houve defesa por parte do grupo dizendo que a imagem era extremamente pertinente à Guerra do Vietnã.

Nas décadas de 60 e 70, a censura do chamado bom moralismo corria solta. Uma das situações mais conhecidas é a do disco Beggars Banquet (1968), dos Rolling Stones. A capa censurada foi a de um banheiro público inglês, que aparentemente não tinha nada demais. A banda se recusou abertamente em retirar a arte das lojas até que acabou cedendo, o banheiro foi substituido por uma capa branca com nome de banda e disco, parecendo um cartão de visitas. Em 1984 a capa do banheiro voltou a ser usada com a remasterização do álbum.

David Bowie talvez seja até mais controverso do que os Beatles e os Rolling Stones juntos. Bowie, que também é conhecido como o camaleão, sempre abraçou as causas polêmicas. Em 1970 aparece vestido de mulher num belo vestido colorido e bem à vontade na capa do álbum The Man Who Sold the World, inofensivo não é? Mas o disco foi rejeitado por uma massiva maioria de lojas e as poucas que aceitaram vende-lo praticamente não lucraram. Mas, Bowie nunca deixaria nada barato, em 1974 atacou novamente com o incrível e polêmico Diamond Dogs, ilustrado pelo artista Guy Peellaert que criou um Bowie metade homem metade cão, que além disso deixava clara – quando a capa do disco era aberta – uma genitália híbrida que fez os olhos de todos se voltarem contra o disco. A resolução foi dar uma disfarçada artística na arte e relançar o disco, que aliás, é um dos mais procurados do artista.

Nem sempre o nudismo, a sexualidade e a religião foram motivos restritos de censura à capas de disco. Em 1969, o Pink Floyd lança o seu Ummagumma, a arte da capa, com uma foto da banda tinha um LP com a trilha sonora do filme americano Gigi (1958) e foi censurada por não autorização da imagem. Uma propaganda gratuita mal compreendida, não é?

Não pense que somente os anos 60 e 70 foram alvo de censura musical. Em 1993, a banda que difundiu o chamado Britpop, o Suede, lançou um disco homônimo com uma foto extremamente ambígua de dois meninos se beijando (ou seriam duas meninas ou um menino e uma garota?). A androginia da imagem de Tee Corinne não foi perdoada e sofreu polêmica, mas dessa vez não foi tirada de circulação.

Em 2001, o The Strokes lançou o Is This It, álbum de estreia que deixou toda crítica alvoroçada pela qualidade dos rapazes, mas a capa com a foto do quadril nu de uma modelo com uma luva foi banida por sugerir conteúdo erótico. A capa foi trocada por uma uma imagem e close de uma colisão de partículas, sem sugestão de nada.

O Heavy Metal talvez seja o estilo com mais censuras no meio musical, ao passo que normalmente suas capas não são tiradas de circulação – somente se forem muito ofensivas – e são usadas tarjas e símbolos de Parental Advisory (selo de censura de letras explicitas). E para fechar nossa pequena lista, um álbum bastante controverso de um dos estilos mais extremos do gênero, o Black Metal. Conhecido por ser um estilo extremamente ideológico e quase sempre anticristão, as artes de discos do gênero normalmente são vendidas em lojas especializadas e poucos circuladas. O disco Fuck Me Jesus, da banda sueca Marduk causou furor enorme em 1993 – e causa até hoje – com a ilustração de uma mulher se masturbando com um crucifixo, nenhuma novidade desde a cena clássica do filme O Exorcista, de 1973. A capa foi banida em muitos países e ganhou valor no mercado underground.

No Brasil, com os anos duros da Ditadura Militar, quase tudo passava por uma massiva censura, algo que vamos comentar com mais cuidado em outro post. Uma das capas mais controversas foi a Todos Os Olhos (1973) de Tom Zé. A capa sugeria quase que claramente um ânus com uma bolinha, a ideia foi do artista Décio Pignatari como forma de atacar o olhar burro da censura brasileira.

Independente do estilo de som que você curte e/ou bandas que coleciona, provavelmente discos com esses históricos controversos devem valer mais na sua coleção, certo? Um disco banido é sempre mais procurado e causa sempre mais furor, então para quê proibir?

Quer saber se algum dos discos citados nesse post está disponível aqui? Nos mande um e-mail sem compromisso clicando na imagem do vinil aqui do lado direito.

Agenda para reforçar o Papai Noel

O movimento nas ruas não nega que além do verão, mesmo que tímido em Curitiba, as festas de fim de ano vão chegando. Os papais noéis pelas esquinas e as árvores de natal com muitas guirlandas nas vitrines não deixam que a gente esqueça que essa data é perfeita para revermos quem gostamos tanto e dar aquela lembrança que vai marcar o inicio de um novo ano.

O que não falta hoje em dia são opções bacanas para dar aquele presente que é a cara da pessoa que gostamos. E nós, além de podermos oferecer muitos títulos de livros sensacionais e vinis para os fãs de boa música, vamos indicar eventos – além de ótimos programas – para os próximos fins de semana. Claro que estaremos em todos, levando seleções especiais do que temos de mais bacana aqui na Joaquim.

Para começar super bem o mês, nos dias 03 e 04 temos a nona edição do Mega Bazar Lúdica, organizado tradicionalmente pela Galeria Lúdica. Esse ano o tema é Circo e o MBL já tem tradição de reunir muitas lojas alternativas super bacanas na Casa Vermelha, no Largo da Ordem. Para quem curte roupas, roupas, livros e vinis alternativos é uma super oportunidade porque sempre aparecem bons descontos. Ainda, tem muito de design e atrações artísticas para deixar a visita bem completa.

Já nos dias 10 e 11 acontece o Vicentina, que já na primeira edição se tornou um dos eventos mais interessantes de rua, em Curitiba. O Vicentina é um evento coletivo entre as lojas da região da rua Vicente Machado, no Batel. As pessoas além de darem um passeio, conferirem o material de cada loja, curtem bandas locais e podem se deliciar com os bares e restaurantes por ali. Um dos pontos mais bacanas é que essas lojas convidam outras lojas – como nós que estaremos na loja Lamb – para parcerias.

No mesmo fim de semana da Vicentina acontece, no Canal da Música, nos estúdios da E-Paraná, a segunda edição da Feira de Vinil. O evento vai ganhando força na medida que os vinis estão voltando para as coleções de amantes da música e essa reunião de vendedores com colecionadores e simpatizantes do vinil promete ser muito legal!

Lembrando que mesmo com todos esses eventos legais, nós continuamos funcionando de segunda a sexta, das 10h até as 19h e nos sábados das 10h até as 15h.

Agora é só se organizar que dá tempo de ver tudo e sem pressa! Com certeza você vai achar o presente perfeito, para você ou para quem gosta!

Novidades: LPs novos, importados e lacrados!

Confira os vinis que acabaram de chegar na Joaquim Livraria & Sebo:


MuseBlack Holes and Revelations


The Libertines The Libertines


Big Brother and The Holding Company(banda de Janis Joplin)


Beastie Boys The Mix-Up


Green Day Awesome as F**k (vem com camiseta)


The Rolling StonesBeggars Banquet (capa original inglesa)


Arctic MonkeysHumbug


Jefferson AirplaneSurrealistic Pillow

Passe na Joaquim Livraria & Sebo e confira de perto!

Contatos:
E-mail: info@joaquimlivraria.com.br
Telefone: (041) 3078-5990